Caracterização da madeira e de materiais lignocelulósicos visando o seu uso eficiente
Aplicação da microscopia de autofluorescência em lâminas histológicas na quantificação da lignina em espécies AmazônicasJosy T. S. Silva1, Jordão C. Moulin1, Tatiana de F. M. Pires1
1Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
E-mail: josy.t.silva@edu.ufes.br
A utilização de microscopia de fluorescência tem se destacado como uma ferramenta promissora, permitindo a análise qualitativa e quantitativa da lignina em amostras histológicas de madeira. O objetivo deste trabalho foi aplicar a microscopia de autofluorescência em lâminas histológicas com ausência de extrativos para quantificar a lignina em espécies amazônicas, relacionando a intensidade de fluorescência emitida e o teor de lignina total. Foram analisadas sete espécies nativas da Amazônia, o teor de lignina da madeira foi obtido pelo método Klason. Na análise da intensidade de fluorescência, as seções histológicas foram tratadas em hipoclorito de sódio (NaClO) a 60% para remoção dos extrativos. As fotomicrografias foram tiradas em microscópio de fluorescência com excitação de luz em 440-490 nm e emissão em 490-565 nm, e processadas no software ImageJ-Fiji de forma automática pela ferramenta ‘substract’. Foi ajustado uma equação de regressão linear entre a intensidade de fluorescência e o teor de lignina e conduzido uma análise de correlação de Pearson. A microscopia de autofluorescência foi eficaz para a análise da lignina, eliminando interferências que mascaram o seu sinal. A correlação de Pearson de 0,87 confirma que a fluorescência medida reflete o teor real de lignina na madeira, portanto, é uma técnica viável e eficiente para a avaliação da lignina a nível celular, com potencial para uso em pesquisas e aplicações industriais.
Palavras-chave: Fluorescência; Intensidade de fluorescência; ImageJ.
