Resumos

O aproveitamento de biomassa residuais do manejo florestal representa uma fonte renovável e sustentável de energia, promovendo a reutilização de recursos naturais A caracterização química dessas biomassas é essencial para avaliar sua qualidade energética, destacando-se os extrativos por influenciarem o poder calorífico, higroscopicidade, densidade, resistência e o rendimento gravimétrico da carbonização. Contudo, estudos sobre a influência dos extrativos para espécies nativas da Amazônia são escassos. Diante disso, este estudo teve como objetivo avaliar o impacto do teor de extrativos nas propriedades químicas da madeira de cinco espécies amazônicas oriundas de resíduos do manejo: Dinizia excelsa, Protium altissimum, Parkia pendula, Inga spp., e Manilkara spp. Foram determinados os teores de extrativos totais e solúveis em água quente. Em seguida, foi realizada a química imediata com amostras in natura e após a remoção dos extrativos em água quente. Para a análise estatística foram aplicados o teste ScottKnott para identificação de diferenças estatísticas. Os maiores tores de extrativos totais e em água quente foi observado D. excelsa (16,38% e 9,95%, respectivamente). Na análise in natura, P. pendula apresentou o menor teor de cinzas (0,51%). Após a extração em água quente, D. excelsa passou a apresentar o teor mais elevado de cinzas, embora tenha mantido os maiores teores de carbono fixo, menor teor de voláteis e alto teor de extrativos, características que a destacam para processos de carbonização. A P. atissimum e Inga spp., foram as espécies mais impactadas pela remoção do extrativos em água quente, com alterações significativas em suas propriedades químicas imediata.