Resumos

A madeira é um dos materiais mais utilizados pelo homem devido sua grande heterogeneidade, devido suas propriedades físicas, químicas e mecânicas. Quando se visa o uso energético de resíduos de madeira, algumas características são fundamentais, dentre elas o teor de cinzas. Entretanto, os dados quantitativos sobre a composição química das espécies tropicais brasileiras são escassos na literatura. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi quantificar o teor de cinzas presente no lenho de 10 espécies de madeiras amazônicas. Foram selecionadas amostras de 10 espécies de madeiras que são exploradas pela empresa Mil Madeiras Preciosas. O teor de cinzas foi determinado pela Norma ASTM D1102-84 (2007), usando cadinhos de porcelana para calcinação das amostras em mufla à temperatura de 580~600°C. Os teores de cinzas encontrados em todas as espécies estão entre os valores considerados como normais para espécies tropicais. Das espécies estudadas apenas a jarana (Holopyxidium jarana) e o taxi amarelo (Sclerolobium paniculatum) não tiveram suas identificações prévias confirmadas pela análise macroscópica realizada em laboratório. Tais espécies foram identificadas neste estudo como sendo jutaí café (Dialium guianense) e taxi preto (Tachigali myrmecophila). Apesar dos teores de cinzas encontrados em todas as espécies estes entre os valores aceitáveis para espécies tropicais, as espécies preciosa (Aniba canelilla), louro itaúba (Mezilaurus itauba) e jutaí pororoca (Martiodendron elatum) apresentaram teores acima de 1,50% não sendo, portanto, recomendado o seu uso para a produção de carvão vegetal.